26/04/17

Modernização dos sistemas de iluminação pública fecha debates da Sala Temática 15

Divulgação FNP Modernização dos sistemas de iluminação pública fecha debates da Sala Temática 15

Os municípios brasileiros respondem por dois terços de todo o consumo de energia elétrica e cerca de 70% das emissões dos gases de efeito estufa no país, segundo dados do Banco Mundial. Se eles fazem parte do problema, também podem contribuir com a solução, de acordo com a discussão feita durante a última mesa de debates da Sala Temática 15, que tratou sobre a “Eficiência energética, iluminação pública e energias renováveis”.

Entre as soluções, a modernização do sistema de iluminação pública é uma das mais importantes, pois, além de economizar recursos financeiros, garante outros benefícios à população. “A gente consegue ver, com bases nos dados, o quanto isso é promissor. Essa é uma oportunidade para transformar os serviços que são ofertados na cidade por meio de um processo de agregação de valor. Quando você moderniza a iluminação, por exemplo, você garante mais segurança na sua região”, explicou o sócio-fundador da Radar PPP, Rodrigo Reis.

Segundo ele, o mercado para o setor no país é promissor. “Ele está em plena evolução. Para se ter uma ideia, os projetos voltados para o setor começaram aparecer em 2013 e, mesmo sendo recente é evidente a expansão do mercado quando vemos o tamanho da demanda no Brasil. Só para este ano, esperamos, no mínimo, 400 projetos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) voltados para a iluminação”, afirmou.

De acordo com o levantamento do Banco Mundial, a tecnologia das lâmpadas de Led traz economia de energia e de operações e pode ser uma excelente alternativa municipal. “Quando analisamos os dados, vemos a necessidade de entender quais projetos de negócios podem ser feitos pelas prefeituras. Não necessariamente a mesma solução para a iluminação vai servir para todos os municípios”, explicou o representante do Banco Mundial, Christophe de Gouvello.

Com base nisso, foram apresentados, ainda, a alguns modelos de negócios que podem ser feito pelas prefeituras, elaborados pela instituição. “Levando em consideração uma série de critérios e a análise de diversos bancos de dados, conseguimos chegar a esses modelos de negócios que podem contribuir com a gestão municipal”, ressaltou Gouvello. Entre os modelos apresentados estão a PPP Municipal, Consórcios para PPPs e Financiamento Municipal, por meio da Cosip.

Soluções inteligentes

Durante a segunda parte da mesa de debates, a Phillips mostrou algumas das tecnologias que estão sendo desenvolvidas para uma iluminação mais eficiente. Segundo o representante da empresa, Luciano Rosito, a “troca global por tecnologias mais eficientes pode gerar uma economia no consumo elétrico de 50%”.

“Não é só pensar na luz, mas em toda a tecnologia que representa o conceito de modernização, inclusive nas luminárias. A estimativa é que o mercado de iluminação pública sofra uma mudança grande nos próximos 15 meses. A ideia é que a iluminação pública seja certificada para evitar que os gestores municipais adquirem produtos de má qualidade”, pontuou.

Também participaram da Sala Temática a secretária municipal de Fazenda do Rio de Janeiro/RJ, Maria Eduarda Gouvêa Berto; o representante da presidência da República, Henrique Amarante Costa Pinto; a representante do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops), Aline Kodaira; o representante do Banco Mundial, Javier Freire; e o representante da Melo Engenharia, Miguel Noronha Barbosa.

Entenda a Cosip

A Contribuição para Custeio e Iluminação Pública (Cosip) é uma cobrança facultativa a municípios e ao Distrito Federal para viabilizar os serviços de iluminação nas cidades brasileiras. Os recursos obtidos devem ser utilizados, exclusivamente, para esse fim.

Redação: Gabriella Bontempo

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